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Como as empresas estão se adaptando aos novos hábitos de consumo?
- 26 de abril de 2023
- Posted by: Lab Persona
- Category: Marketing Digital
O rápido avanço tecnológico e o atual estágio de transformação digital do mercado fazem com que as mudanças nos comportamentos dos consumidores sejam mais ágeis. Nesse contexto, monitorar os novos hábitos de consumo é decisivo para todo negócio.
Na era da hiperconectividade, as pessoas têm acesso a milhares de conteúdos e ofertas nas palmas de suas mãos. Neste cenário repleto de tendências e inovações, o que é relevante para determinado público em um momento pode deixar de ser em outro.
A pandemia acelerou esse processo transformacional. Agora, as barreiras entre o físico e o digital são quase inexistentes. Ignorar as novas experiências, preferências e relações priorizadas pelos usuários já não é mais uma opção para os negócios.
Acompanhar o dinamismo que marca o atual comportamento do consumidor, seus nichos e hábitos de consumo é imprescindível para conseguir crescer, destacar-se e se manter relevante mesmo diante de tantas mudanças.
Mas como atentar-se às novas preferências do mercado, suas evoluções e oportunidades? Neste artigo, vamos mostrar os aspectos que mais influenciam os consumidores, as principais tendências de consumo do Brasil e como adaptar-se a elas. Confira.
O que influencia o hábito do consumidor?
Ao compreender os hábitos de consumo contemporâneos, você aumenta sua capacidade de antecipar-se às tendências do mercado, de atrair e fidelizar novos clientes e de embasar as suas estratégias de marketing.
Nesse sentido, antes mesmo de entender as novas preferências e comportamentos dos clientes, também é fundamental ater-se aos elementos internos e externos que influenciam a sua jornada de compra. Conheça os principais:
Fatores internos
As influências internas sobre os hábitos de consumo são aquelas que dizem respeito ao próprio indivíduo, seu contexto pessoal e seus padrões comportamentais. Elas podem ser elucidadas por meio de fatores como:
• Papel pessoal: pessoas de um mesmo grupo social e cultural podem ter comportamentos distintos. Características, como idade, estilo de vida, ocupação, necessidades, influenciam cada indivíduo de forma diferente;
• Fatores psicológicos: traços de personalidade, padrões de pensamento, aspectos emocionais e motivações ditam as prioridades e ações das pessoas em um nível individual;
• Medos: os receios influenciam muito os hábitos de consumo, sejam eles ligados a más experiências com outras empresas, preconceitos com determinados segmentos de mercado ou até medo de perder uma oportunidade;
• Necessidades: podem estar atreladas às finalidades básicas de cada compra ou ao próprio comportamento social do indivíduo, como a necessidade de aceitação social, por exemplo;
• Estágio de vida: seja na adolescência, juventude ou velhice, as prioridades e hábitos de consumo mudam de acordo com o momento da vida. Até na infância já existem consumidores com opinião formada;
• Poder financeiro: diz respeito à classe social e às próprias demandas aquisitivas do consumidor. Elas influenciam diretamente a sua relação com determinados segmentos de mercado.
Fatores externos
Por sua vez, os fatores externos de influência sobre os hábitos de consumo estão relacionados aos aspectos sociais e mercadológicos que impactam os consumidores. Os principais deles são:
• Papel social: os relacionamentos familiares, amizades, espaços profissionais e círculos sociais que o indivíduo frequenta definem sua visão de mundo e seus comportamentos como consumidor;
• Fatores culturais: são as primeiras influências externas de uma pessoa. Elas ditam seus costumes, preferências religiosas, identidade nacional, gostos culinários e fatores mais abrangentes, como músicas, roupas, esportes, etc.;
• Opiniões externas: os consumidores são impactados pelas visões e experiências das pessoas ao seu redor. Atualmente, opiniões em redes sociais, fóruns e sites de reclamações também ditam suas demandas e receios de compra;
• Tendências: seja nas roupas da moda, nos memes da internet, no lançamento de novas tecnologias ou em qualquer outro pico de popularidade de qualquer segmento do mercado, os hábitos de consumo são muito ditados por tendências;
• Economia: os momentos de crise ou de ascensão econômica podem afetar todo o mercado ou apenas setores específicos. Em todo caso, as mudanças na economia sempre influenciam o consumidor.
Tendências de consumo no Brasil
Além de ter atenção aos fatores que influenciam os hábitos de consumo das pessoas, também é papel das organizações acompanhar as novas tendências do mercado, bem como suas influências e constantes transformações.
Ao conhecer e se atualizar sobre o contexto em que estão inseridas, as empresas aumentam a versatilidade para atender às novas demandas do consumidor. Sabendo disso, listamos abaixo os padrões de compra que mais estão em voga no Brasil e no mundo:
Consumo consciente
O tema ambiental nunca foi tão urgente. Dados de uma pesquisa global publicados em um relatório de tendências da WGSN apontam que 90% dos entrevistados se sentem inseguros em relação ao futuro quando pensam na crise climática.
Essa insegurança crônica é descrita no relatório como Ecoansiedade. Trata-se de um fenômeno mundial, em que as preocupações com o aquecimento global estão mais presentes e influenciam a vida das pessoas.
No Brasil, isso já motiva hábitos de consumo mais conscientes. Uma pesquisa do Instituto Akatu e da GlobeScan revelou que 70% dos consumidores esperam responsabilidade ambiental das empresas.
Além disso, 60% dos compradores desejam que as organizações tracem metas verdadeiras para tornar o mundo melhor; 44% deles já recompensam os negócios responsáveis; enquanto 35% consideram fazê-lo.
Em entrevista ao Estadão, Juliane Mussarelli, que é gerente de Marca da Electrolux no Brasil, defende que a redução do consumismo exacerbado é uma tendência mundial que chegou para ficar no mercado brasileiro.
Mussarelli afirma que esse novo comportamento pode ser percebido na redução de compras em fast fashions e no maior cuidado das pessoas com o ciclo de vida dos produtos que utilizam, por exemplo.
Seguindo essa lógica, podemos observar outros padrões que reforçam a ascensão dos hábitos de consumo sustentáveis. Eles incluem a popularização de brechós, o aumento nas vendas de itens usados em marketplaces e dos insumos reciclados, entre outros.
Simplicidade, conexão e segurança
A Euromonitor, líder global em pesquisas estratégicas independentes, lançou recentemente um estudo com as 10 tendências de compras mais relevantes da atualidade. Ele possui insights valiosos para entender os hábitos de consumo mundiais e do Brasil.
Além das transformações e influências de mercado já citadas neste artigo, o relatório aborda outros pontos importantes sobre as novas prioridades dos consumidores. Nós os compilamos como uma preferência pelos valores de simplicidade, conexão e segurança.
Simplicidade
Quanto à simplicidade, há uma relação direta ao supracitado consumo consciente. Além disso, ela também é motivada pelo atual momento de instabilidade econômica. Seu principal destaque é a ascensão dos produtos de segunda mão.
Nesse sentido, o documento da Euromonitor afirma que as plataformas de compra e venda de produtos usados tiveram picos de uso nos dois primeiros anos da pandemia e seguem muito fortes, reforçando o crescimento da economia circular.
Ainda sobre a preferência pelo simples, também há um movimento de evasão das grandes cidades, favorecido pela possibilidade de trabalhar remotamente. Cada vez mais consumidores escolhem viver em lugares mais seguros, limpos e próximos à natureza.
Conexões
Podemos dizer que o último ponto citado acima está ligado ao segundo aspecto que compilamos da pesquisa: há mais investimentos dos consumidores em conexões e em soluções que contribuam para o seu equilíbrio mental.
Nos seus estudos, a Euromonitor ainda mostra que as conexões nos hábitos de consumo estão atreladas à autenticidade e ao amor próprio. As pessoas esperam encontrar valores de aceitação, inclusão e valorização humana nos arquétipos de marcas.
Outro ponto ligado à maior conectividade dos indivíduos é sua necessidade de socialização, especialmente no pós-pandemia. Contudo, o relatório aponta um paradoxo, já que 76% dos consumidores cuidarão mais para sair de casa de forma segura.
Segurança
O supracitado paradoxo se associa ao último quesito compilado por nós, que é segurança. Após os impactos do adoecimento físico e mental generalizado no período de isolamento social, os consumidores passaram a se cuidar mais.
Além do foco nos serviços e produtos direcionados aos cuidados do corpo e da mente, esses novos hábitos de consumo também favorecem as marcas que priorizam experiências de bem-estar e crescimento pessoal.
O protagonista dessa tendência é o mercado de alimentos saudáveis, que cresceu 17% em 2022, um ano após quase 40% dos brasileiros começarem a priorizar uma melhor alimentação. Os dados são de um especial do Estadão.
Agilidade na entrega e disponibilidade
O e-commerce já era uma tendência crescente nos últimos anos. Contudo, a pandemia acelerou significativamente sua ascensão. Hoje, o comércio eletrônico já é protagonista entre os hábitos de consumo das pessoas.
Em meio a um cenário marcado pelo fechamento de lojas, a necessidade de distanciamento e a própria adoção do trabalho remoto, o setor encerrou o primeiro ano pandêmico com um aumento de vendas de 73,88%.
Esse dado é do índice MCC-ENET e foi apresentado ao Estadão por Victor Noda, CEO da Mobly, maior loja online de móveis e decoração do Brasil. Na matéria, o empreendedor e especialista em e-commerce faz outros apontamentos importantes.
Segundo Noda, o aumento das vendas nos canais online impulsionou novas exigências entre os compradores. Profundamente inseridas nos hábitos de consumo, as lojas online precisam entregar experiências de ponta para ter relevância entre seus públicos.
Isso passa principalmente pela disponibilidade dos produtos vendidos e pela agilidade da entrega. Mais que diferenciais, esses dois se tornaram obrigatórios para não frustrar o consumidor conectado.
Nesse sentido, cabe às empresas melhorar sua malha logística e investir em melhores serviços de entregas. Assim, atrasos, faltas de produtos em estoque e entregas de itens danificados são evitados. Isso previne que as expectativas dos clientes sejam frustradas.
O comércio online brasileiro cresceu 4,3% em pedidos no 2.º trimestre de 2022. O resultado é comparado ao mesmo intervalo em 2021. Foram 89,6 milhões de vendas no período. Os dados são do E-commerce Brasil.
Em meio ao crescente volume de vendas e pedidos na internet, é evidente que os investimentos em infraestrutura só devem aumentar no setor. Afinal são eles que ditam os padrões de qualidade das empresas que mais se destacam na área.
Como sua empresa pode se adaptar às mudanças nos hábitos de consumo?
Agora que você já sabe quais são os principais hábitos de consumo da atualidade, chegou a hora de converter esses conhecimentos em ações práticas. Afinal, como tornar sua marca, suas campanhas e seus conteúdos sempre relevantes para o mercado?
Partindo das tendências que apresentamos até aqui, elencamos quatro dicas básicas para que a sua empresa consiga se adaptar aos novos padrões e mudanças do mercado. Elas envolvem as seguintes ações:
Investir em um e-commerce seguro e intuitivo
Atualmente, as empresas que estão fora dos meios digitais também estão fora do mercado. Por isso, é imprescindível aderir ao comércio eletrônico e promover experiências online para conectar-se com o público.
Mesmo do outro lado da tela, os clientes ainda prezam pelo comprometimento, bom atendimento e humanização das marcas. Assim, além da agilidade na entrega e disponibilidade, citados no item anterior, seu e-commerce deve ser seguro e intuitivo.
Aderir às novas formas de pagamento
Para promover uma experiência realmente completa e positiva para os clientes, as empresas devem oferecer mais que um ambiente digital seguro e intuitivo. Quanto mais flexível e facilitado for o consumo, melhor é o aproveitamento dos canais online.
Nesse sentido, faz toda a diferença sair do básico. Ou seja, além dos tradicionais cartões de crédito, boletos e depósitos, os e-commerces também devem considerar novas tendências de hábitos de consumo, como as carteiras digitais e o próprio PIX.
Assumir uma postura ativa perante a sustentabilidade
Como você pôde ver, uma parcela cada vez maior de consumidores prioriza as marcas com consciência ambiental. Assim, investir em uma comunicação alinhada aos valores desse público é cada vez mais importante.
Mais que falar, também é preciso agir. Isso significa investir em causas atreladas à sustentabilidade, oferecer novas opções de consumo mais verde, investir na economia circular, e assim por diante.
Investir na jornada do cliente
Quando o consumidor tem suas expectativas superadas, ele aumenta seu engajamento com a marca. Afinal, ele entende que ela está comprometida com suas demandas e preferências. Assim, a tendência é que ele não queira mais recorrer à concorrência.
Por isso, é imprescindível investir em análises de mercado e social listening, a fim de conhecer os comportamentos dos clientes e toda a sua jornada de compra, promovendo experiências realmente alinhadas ao seu perfil e desejos.
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