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Você sabe o que é Big Data e sua importância para o marketing digital?
- 29 de março de 2023
- Posted by: Lab Persona
- Category: Marketing Digital
Compreender o que é Big Data hoje é uma demanda indispensável para quem investe em marketing digital. Afinal, é justamente a aplicação estratégica de dados que faz com que os novos modelos de campanhas se sobressaiam em relação ao marketing tradicional.
Os consumidores já estão hiperconectados e totalmente inseridos na realidade da Indústria 4.0. Com isso, as decisões de marketing também se tornaram mais complexas, já que há muito mais canais para as marcas se posicionarem e ferramentas disponíveis para as organizações.
Graças ao volume de informações coletadas nos meios digitais, é possível mensurar precisamente os resultados de cada ação, compreender exatamente os comportamentos do público impactado e promover melhorias assertivas em prol de resultados cada vez melhores.
Diante das novas demandas do marketing moderno, só é possível obter resultados significativos quando há plena integração organizacional, estratégica e tecnológica. Nesse sentido, o Big Data é essencial, já que permite alinhar todas essas frentes por meio da inteligência de dados.
O que é Big Data? Para que serve? Como a minha empresa pode se beneficiar dele para agregar mais visibilidade? Todas essas questões e de que forma ela se aplica no marketing digital você entenderá neste conteúdo.
O que é Big Data?
Para entender o que é Big Data, primeiro é importante compreender que o conjunto de fontes de dados disponíveis às organizações atualmente é muito maior e mais complexo do que era a alguns anos atrás.
Tomando o próprio marketing digital como exemplo, hoje é possível obter grandes quantidades de informações personalizadas oriundas de mídias sociais, interações em sites, registros de atendimentos, fluxos de cliques na web ou em aplicativos, e assim por diante.
Os dados à disposição são tão volumosos, que as ferramentas tradicionais de gerenciamento não conseguem tratá-los. Contudo, eles representam uma base tão rica de informações, que faz toda diferença obtê-la para potencializar as soluções de negócios.
Nesse contexto, o papel do Big Data é coletar, organizar e analisar essa enorme quantidade de dados. Eles são transformados em informações estratégicas que auxiliam os estrategistas a aprimorarem seus processos e decisões.
Portanto, a resposta sobre o que é Big Data pode ser resumida como a utilização estratégica de dados variados e em grandes volumes, a fim de otimizar experiências e a entrega de valor. As bases dessa ferramenta são sintetizadas em 3 Vs:
- Volume: refere-se à quantidade de dados coletados e analisados. Dependendo da estratégia, podem ir desde dezenas de terabytes até centenas de petabytes;
- Velocidade: diz respeito à agilidade com que o imenso volume de dados é recebido e administrado;
- Variedade: descreve os diversos tipos de informações disponíveis. Elas podem ser geradas de forma estruturada, não estruturada ou semiestruturada.
Evidentemente, as possibilidades oferecidas pelos dados às organizações não são exploradas pelo Big Data sozinho. Para ser aproveitada em seu máximo potencial, a ferramenta deve atuar ao lado de outras tecnologias. Conheça as principais:
Internet das Coisas (IoT)
A Internet das Coisas, ou Internet of Things, engloba todos os objetos capazes de estabelecer conexão com a internet. Atualmente, cada vez mais dispositivos são conectados à rede, seja via Wi-Fi, dados móveis ou bluetooth.
Eles vão desde Smart TVs, smartwatches, smartphones, entre outros objetos de uso pessoal, até sensores em indústrias, softwares de gerenciamento em empresas, entre muitos outros itens de uso pessoal ou profissional que conseguem coletar e transmitir informações online.
Todos esses dispositivos funcionam como fontes de dados. Portanto, o IoT é um insumo fundamental para que o Big Data consiga gerar valor. Por exemplo, a diferença com que determinado público consome conteúdo em uma TV inteligente e em um smartphone pode gerar apontamentos sobre como uma marca deve se posicionar nesses diferentes meios.
Inteligência Artificial (IA)
Já a Inteligência Artificial (IA) consiste em sistemas com alta capacidade de analisar dados interativamente. Como o nome sugere, o papel dessa tecnologia é imitar a inteligência humana para cumprir tarefas e aprimorar decisões com base nas informações que coleta.
Suas aplicações também são diversas. Elas incluem recursos de recomendação de séries em streamings com base nas preferências dos usuários, chatbots que fornecem respostas a partir dos padrões de perfis de clientes, assistentes de softwares empresariais, entre muitas outras.
Um dos exemplos mais célebres é a Netflix. Entendendo o que é Big Data e seu valor junto da IA, ela emprega Inteligência Artificial para entender o que seus públicos mais gostam nas séries. Com isso, a maior plataforma de streaming mundial direciona investimentos em novas produções com mais assertividade, assim como suas respectivas campanhas publicitárias.
Machine Learning
A supracitada Inteligência Artificial é uma área ampla. O Machine Learning (ML) está entre suas principais subdivisões. Basicamente, o conceito se refere aos sistemas que aprendem com os dados que consomem para melhorar seu desempenho.
Apesar de normalmente serem usados como sinônimos, IA e ML não são a mesma coisa. Todo Machine Learning é uma Inteligência Artificial, mas o inverso não é verdadeiro. A IA ainda engloba outros modelos de ferramentas capazes de imitar a inteligência humana.
Quando você usa as redes sociais, o aplicativo do banco ou e-commerces, por exemplo, os algoritmos de ML aprendem e adaptam-se para tornar sua experiência mais eficiente, segura e intuitiva. No marketing, dados ligados à demografia, preferências de conteúdo e comportamento de navegação permitem criar campanhas altamente personalizadas.
Cloud Platform
A nuvem já está inserida no cotidiano das pessoas. Nas empresas e nas aplicações pessoais, ela é bastante utilizada para armazenar arquivos, colaborar no trabalho e utilizar o e-mail, por exemplo. Contudo, essa tecnologia vai além desses propósitos simples do cotidiano.
Gigantes tecnológicas, como Amazon e Google, aprimoraram as infraestruturas de nuvem a tal ponto, que elas passaram a atuar como produtos independentes. Como resultado, a Cloud Platform é uma suíte de funcionalidades com diversas tecnologias para escalar negócios.
Normalmente, ela é vendida como um serviço. As empresas pagam periodicamente para ter acesso a diversas ferramentas. Elas são utilizadas online e sem a necessidade de infraestrutura, o que inclui softwares, aplicativos ou até recursos de desenvolvimento. Trata-se de uma solução com mais segurança e disponibilidade do que os sistemas tradicionais.
Data Science
O conceito de Data Science é análogo ao que é Big Data Analytics. Basicamente, a ciência de dados emprega modelos estatísticos sobre os volumes de informações das empresas para resolver problemas e propor soluções interdisciplinares.
Trata-se de uma área que engloba os diferentes tipos de análises descritivas, diagnósticas, preditivas e prescritivas que podem ser realizadas para aprimorar as decisões de negócios. Elas são feitas a partir do Big Data e com o auxílio das demais tecnologias descritas até aqui.
Imagine que, em meio aos esforços de marketing de performance, sua equipe queira saber quantos pedidos de orçamentos foram gerados a partir de conteúdos de fundo de funil. Para isso, bastaria classificar as conversões desses materiais e compará-las com os dados de orçamentos gerados a partir deles. Assim, seria possível obter uma conclusão estratégica a partir de diferentes fontes de informações.
Como usar Big Data a favor do marketing digital?
Depois de entender o que é Big Data e quais são as possibilidades que ele oferece ao lado de outras tecnologias, é fácil perceber porque sua aplicação se tornou essencial para o crescimento e a competitividade das organizações.
Não por acaso, empresas que investem em tecnologias ligadas à Inteligência de Dados e Big Data têm aumento de receita e conseguem crescer 60% mais em relação às demais. A conclusão é de um estudo da TNS Research divulgado no Estadão.
Mas quais os impactos específicos dessas ferramentas no Marketing Digital? Como elas ajudam os estrategistas a otimizar processos, obter resultados mais escaláveis e potencializar o brand awareness? Veja algumas aplicações que sintetizam o que é Big Data nessa área:
Automação de processos
A automação de processos de marketing se refere à automatização das estratégias. Com ela, é possível ampliar a escalabilidade das campanhas. Ao mesmo tempo, sua eficiência e personalização são mantidas.
Diversas aplicações demonstram o Big Data aliado à automação. A segmentação de dados pode guiar o disparo de e-mails para públicos específicos, escolher respostas de chatbots, permitir o agendamento de posts nas mídias sociais, entre outros casos semelhantes.
A OLX possui um grande case de sucesso na área. Trata-se de um dos maiores sites de vendas do Brasil, que capta leads por inúmeros canais. Um deles é o Facebook Lead Ads, em que os usuários preenchem um formulário em troca de materiais ricos.
Antes da automação, o time da OLX precisava acessar o painel do Facebook Business, exportar as listas de leads e enviar manualmente ao sistema de marketing. Agora, uma ferramenta automatiza o processo. Assim, os contatos captados no Facebook são automaticamente enviados e segmentados no software da empresa.
Análise preditiva
A coleta e o tratamento de um volume imenso de dados definem o que é Big Data, certo? Logicamente, isso significa que essa ferramenta também é muito valiosa para a realização de análises preditivas sobre o mercado e os consumidores.
Basicamente, trata-se da análise de informações presentes e passadas para traçar resultados futuros com mais precisão. No marketing, as empresas podem prever hábitos e preferências para moldar suas soluções de acordo com as expectativas comportamentais do público.
A Amazon certamente está entre as empresas mais conhecidas pelo uso inteligente de dados para criar estratégias mais eficazes de marketing. A gigante do varejo mundial promete ir além com uma nova estratégia para o seu supermercado inteligente, o Amazon Go.
O time da empresa confia tanto no Big Data, que projeta em poucos anos entregar produtos antes de os clientes pedirem. A ideia é antecipar as necessidades dos consumidores por meio de análises preditivas. Por exemplo, se faltar leite ou café na sua casa, a Amazon saberá e já lhe enviará cada item. Caso você não os queira, não precisará devolver nem pagar.
Análise da concorrência
Depois de entender o Big Data aplicado às análises preditivas, é evidente que essa tecnologia também pode ser utilizada em outros tipos de diagnósticos estratégicos. Isso também inclui estudos sobre concorrência.
Um dos casos mais famosos, e também controversos, está associado ao marketing político. Trata-se da campanha presidencial de Donald Trump, que foi apoiada pela empresa de Big Data Cambridge Analytica.
Na eleição norte-americana, os eleitores foram identificados nas redes sociais e classificados de acordo com suas preferências políticas, pessoais, suas necessidades e receios. A partir desses dados, foram traçadas mensagens altamente personalizadas para cada perfil.
Além disso, os dados permitiam que a campanha fosse adaptada em tempo real. Durante o terceiro debate presidencial, mais de cem mil versões de anúncios no Facebook diferentes chegaram a ser disparados, para que a equipe de marketing do candidato pudesse testar os mais eficientes entre cada perfil traçado.
Criação de produtos e serviços
Lançar novos produtos e serviços no mercado sempre foi uma missão desafiadora. Afinal, mais que ter uma boa ideia, é preciso contar com a aceitação do público. Hoje, as organizações que dominam o Big Data saem na frente em relação a essa demanda porque, ao cruzar dados sobre o mercado, preferências dos consumidores, padrões de compras e tendências de consumo, por exemplo, é possível identificar a viabilidade de um novo lançamento com mais assertividade.
Lembra quando citamos que a Netflix utiliza Big Data e Inteligência Artificial para guiar suas novas produções? Esse é um ótimo exemplo de criação de produtos. Afinal, foi assim que o serviço de streaming previu que a série House of Cards seria um sucesso.
Ao analisar os dados dos usuários, a Netflix entendeu que boa parte do seu público avaliava positivamente os filmes de Kevin Spacey (protagonista da série), admirava as histórias de David Fincher (autor da trama) e já apresentou interesse pela versão britânica da obra. A partir disso, a empresa decidiu que valeria a pena investir na produção.
Consciência da marca
Entre as inúmeras aplicações que sintetizam o Big Data, também está a possibilidade de as empresas conhecerem mais precisamente quais são os seus diferenciais competitivos. A partir disso, os esforços de brand awareness tornam-se mais eficazes.
Indo além das análises preditivas, de consumo e de mercado, há um caso disruptivo promovido pela Nike. A marca, que é referência na indústria de materiais esportivos, lançou um aplicativo para impactar o seu público que pratica corrida.
Por meio do App, os corredores conseguem monitorar a quantidade de passos dados, distâncias percorridas, velocidade, entre outras informações relevantes. O aplicativo é integrado às redes sociais, para que os atletas compartilhem esses dados com amigos e fãs do esporte.
A partir desse sistema baseado em Big Data, a empresa reforçou o seu posicionamento de liderança no segmento esportivo. O encantamento entre os fãs foi tão grande, que até competições e desafios foram realizados com intermédio do aplicativo. Além disso, os dados compartilhados no App viabilizaram análises ainda mais completas sobre o público de corrida.
Precificação de produtos e serviços
A precificação de produtos e serviços muitas vezes é um diferencial competitivo essencial para a tomada de decisão dos consumidores. Por isso, os avanços do Big Data no marketing também evoluem nessa área.
Mais uma vez, vale a pena compartilhar um case de sucesso da Amazon sobre o tema. Afinal, trata-se de uma das empresas que mais investem na coleta, processamento e análise de dados em todo o mundo.
Para definir os preços das mercadorias em seus diferentes canais de vendas, a companhia utiliza tecnologias capazes de monitorar informações sobre as demandas dos consumidores, disponibilidade de itens em estoque e dados sobre a concorrência.
A partir desse conjunto de análises, o Big Data estipula qual é o melhor preço para os produtos vendidos em determinado momento. O nível de precisão e dinamismo é tamanho, que a precificação pode ser alterada a cada 10 minutos. Dessa maneira, a Amazon garante sempre valores alinhados ao mercado e mais competitivos em relação à concorrência.
Otimização da estratégia de marketing
Basta analisar todas as possibilidades que o Big Data e suas tecnologias relacionadas proporcionam ao marketing digital para compreender porque a inteligência de dados se tornou imprescindível para a otimização das ações realizadas pelas marcas.
Claro que, como toda tecnologia de ponta, sua utilização depende do apoio de especialistas para que atinja seu máximo potencial. Isso é ainda mais válido quando tratamos sobre todos os detalhes e nuances que envolvem uma boa estratégia de marketing.
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